Política com p minúsculo
A definição clássica de Política aponta-a como aquele campo da atividade humana que se refere à cidade (pólis), ao Estado e às coisas de interesse público.
Uma das características da política, apontada por Maquiavel, é a amoralidade. Amoral entendido como aquilo que não é nem contrário nem conforme a moral. Esta definição abre duas possibilidades: ser ou não ser imoral. Um meio termo, penso, seria mais condenável que os extremos.
No caso da politica, em geral, praticada no Brasil essa ambivalência não se aplica. A julgar pelo resultado da votação contrária à cassação da deputada Jaqueline Roriz, podemos inferir que é a imoralidade que caracteriza a política brasileira. É compreensível e coerente a decisão da canalha. Votando pela cassação, estariam atirando contra... os próprios pés. Assinariam um atestado de idiotia, abrindo precedente perigoso. Para o político de convicções frouxas, que navega ao sabor das conveniências pessoais, é mais cômodo e menos perigoso negociar com seus assemelhados. Apontam a sujeira com o dedo sujo.
Quando misturamos duas cores diferentes obtemos uma terceira. Se misturarmos dois partidos, mesmo se empunharem bandeiras de coloração diferente, não obtemos um terceiro. Nossos partidos funcionam, do ponto de vista ideológico, como aquelas figuras tridimensionais que, dependendo do ponto de vista observado, apresentam uma cor diferente.
Infelizmente, podemos concluir que alguns partidos são, na verdade, bandos. Seus integrantes poderiam ser denunciados, sem maiores esforços, por formação de quadrilha.
Lamentavelmente, tal situação não se limita ao Congresso Nacional
A definição clássica de Política aponta-a como aquele campo da atividade humana que se refere à cidade (pólis), ao Estado e às coisas de interesse público.
Uma das características da política, apontada por Maquiavel, é a amoralidade. Amoral entendido como aquilo que não é nem contrário nem conforme a moral. Esta definição abre duas possibilidades: ser ou não ser imoral. Um meio termo, penso, seria mais condenável que os extremos.
No caso da politica, em geral, praticada no Brasil essa ambivalência não se aplica. A julgar pelo resultado da votação contrária à cassação da deputada Jaqueline Roriz, podemos inferir que é a imoralidade que caracteriza a política brasileira. É compreensível e coerente a decisão da canalha. Votando pela cassação, estariam atirando contra... os próprios pés. Assinariam um atestado de idiotia, abrindo precedente perigoso. Para o político de convicções frouxas, que navega ao sabor das conveniências pessoais, é mais cômodo e menos perigoso negociar com seus assemelhados. Apontam a sujeira com o dedo sujo.
Quando misturamos duas cores diferentes obtemos uma terceira. Se misturarmos dois partidos, mesmo se empunharem bandeiras de coloração diferente, não obtemos um terceiro. Nossos partidos funcionam, do ponto de vista ideológico, como aquelas figuras tridimensionais que, dependendo do ponto de vista observado, apresentam uma cor diferente.
Infelizmente, podemos concluir que alguns partidos são, na verdade, bandos. Seus integrantes poderiam ser denunciados, sem maiores esforços, por formação de quadrilha.
Lamentavelmente, tal situação não se limita ao Congresso Nacional
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