Como crítico teatral freelance, a proximidade do início da FITA dá um friozinho na barriga e minha incontinência urinária manifesta-se jorrando xixi morno nas minhas canelas. A qualidade das fraldas geriátricas distribuídas pelo governo deixa a desejar.
Ninguém nunca me perguntou onde busco inspiração para tecer críticas teatrais tão equilibradas, consistentes e relativamente imparciais. Vou confessar um segredo: meu livro de cabeceira é o jornal “A cidade”. Ele é o meu referencial teórico. Tenho um sobrinho de dezessete anos, aluno da 3ª série D, da escola da Tararaca, que faz a leitura em voz alta para mim deste prestigiado formador de opinião. Quando perco a serenidade, busco paz de espírito nas páginas policiais. A minha imparcialidade tem como fonte o editorial deste ilibado semanário.
Só não perdoo a publicação de algumas pesquisas de opinião que me induziram a apoiar o candidato mais preparado que não perdeu a eleição, simplesmente não venceu.
Ficou mais difícil conseguir uma boquinha no próximo governo. Mas tenho confiança na minha capacidade de adular e fazer cafunés nos poderosos de plantão. Só espero que o pessoal fedido e de sovaco cabeludo não atrapalhe...
Angra dos Reis, 13/11/12.
Erectus Phallus
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