sábado, 10 de novembro de 2012

Crítico teatral freelance II

   Como crítico teatral freelance, eu não poderia frequentar o teatro usando qualquer roupa. Por isso, comprei um blazer na Citicol, em trinta e seis vezes sem juros, além dos que eu usei para convencer a moça do caixa de que não era meu, mas de um homônimo, o nome sujo no Serasa. Para evitar comentários maldosos sobre minha debilidade financeira, seduzi uma vendedora da Mab´s e ela me deu uma sacola pra eu fingir que o blazer é de grife.   A compra se faz necessária, pois como os vereadores, as vereadoras, os advogados de janela de Câmara, bem como também os pastores endinheirados e blogueiros de aluguel, defendo que as aparências enganam. 
   Já pedi pra minha mãe passar o ferro e caprichar na goma para que o blazer fique bem duro. Afinal, aprendi com o Legislativo que é necessário mais do que lama até o pescoço para que mantenhamos a cabeça erguida! 
   E por falar da Casa do Povo, gostaria de pedir aos responsáveis pelo cerimonial a divulgação dos locais, incluindo os endereços dos gabinetes de rua, onde os coquetéis serão realizados. O horário não é necessário, pois, segundo soube, com a verba utilizada na contratação do Buffet vai rolar coquetel vinte quatro horas por dia. Nada contra. Muito pelo ao contrário! “País rico é país sem miséria”, e democracia forte só com legislativo endinheirado. Convenhamos, pessoal, nem só de pastel de vento vive o Legislativo! Moção de Aplauso sem coquetel não atrai nem mosca, que dirá vereador, CCs....
   Para evitar que o povo compareça, manda pelo e-mail: suamulemeama@simedaí.com.
   Não poderia deixar de agradecer os esforços do J Vieira e doEduardo Bruno – estou tentando convencer a Vanessa Vale a entrar espontaneamente na campanha, também, para que eu receba ingressos de graça pros espetáculos da FITA. Pode ser de R$ 2,50 e em pé. É até mais cômodo. Limitações anatômicas me impedem de ficar sentado, numa postura ereta. Além disso, sentar de lado resultaria numa crítica teatral enviesada, concordam?
   A propósito, desde que iniciaram as vendas dos ingressos, fiquei de plantão na porta do jornal Maré, na tentativa de provocar um encontro casual e fortuito com o João Carlos Rabelo, mas não obtive êxito. Nas vezes em que o curador da FITA não conseguia mudar de calçada quando me avistava, ele fingia tirar um cisco do olho e/ou amarrar os cadarços dos tênis. TÊNIS!
   Ele acredita na tese defendida por Agamenon Mendes Pedreira de que uma crítica presencial pode interferir na neutralidade do julgamento. Bobagem.
   P. S.: peço desculpas pelos inevitáveis erros ortográficos. Normalmente quem corrige meus textos é a vereadora Vilma dos Santos, mas procurei-a no gabinete, de rua, inclusive, no plenário... E NADA.
Erectus Phalus

Nenhum comentário: