Soube que os atores fazem amor durante a tarde toda, antes do espetáculo. “Para não contrariar a classificação etária da peça na hora do Je t’aime mon non plus. Isto despertaria a censura e limitaria o público, diminuindo o número de pagantes. Se não entrar tudo, não dá”. É prejuízo! Pensou Françoise Forton, com um sorriso maroto nos pequenos lábios.
Acho que a diretora é a Jacqueline Lourance, que ainda dá um caldo. Ela fez uma peça de resultado fenomenal. Um elaborado tratamento visual e narrativo que mantém o bate-papo em dia, daqueles que não estão concentrados na observação libidinosa da periguete gostosa, acompanhante de um figurão angrense, frequentador do Cheiro Verde. Seu vestido era tão curto que, quando ela abaixou para pegar uma pipoca que caíra no chão, deu pra ver o que ela almoçara naquela tarde.
Trata-se de uma reflexão ética sobre o fato de os padeiros não fabricarem pão sem miolo, beneficiando a indústria de transgênicos. Ou referência subliminar ao vácuo encefálico das autoridades presentes. Vai saber! Desconfia-se que foi uma cutucada em dona Auta, da Padaria do Commércio, por ela ter cochilado na peça apresentada por Jacqueline na FITA/2011. Mas isso não passa de comentários maldosos desse pessoal fedido, de sovaco cabeludo e comedor de criancinhas, da política local.
A propósito de coisa alguma, meu sonho de consumo é pegar a Bárbara Heliodora.
Erectus Phallus
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