sábado, 4 de fevereiro de 2012

Um político decente, competente faria...

Um bom gestor público, antes de tomar uma decisão que dependa de recursos do erário, deve se fazer (entre outras), as seguintes perguntas:
• Esta obra é necessária?
• Esta obra é prioritária?
• Esta obra é a melhor opção para resolver o problema?
• Esta obra atende aos contribuintes ou apenas aos eleitores?
• Estou representando os contribuintes ou apenas os empresários que contribuíram para minha eleição?
• Trata-se de uma obra fundada numa política de Estado ou numa política de Governo?
• Se o dinheiro saísse do meu bolso, eu contrataria a empresa “A” ou estudaria as propostas de outras?
• O que fazer para que a população acompanhe cada etapa do processo de construção?
• Os mecanismos para denúncias de irregularidades, sugestões e críticas são eficientes ou acolhem apenas elogios que massageiam meu ego?
• Apesar de legalmente fundamentada, ela é moralmente justificável?
• As sugestões dos contribuintes diretamente atendidos pela obra foram ouvidas?
• Meus assessores estão cientes de que não há necessidade de gastar com publicidade para divulgar que vai realizar a obra, nem que ela já foi feita?
• Meus assessores sabem que a publicidade só deve ser usada em campanhas educativas, sem nenhum adereço de cunho eleitoreiro?
• A licitação foi realizada com visibilidade (transparência é pouco), e acesso a todas às informações?
• Será que não esqueci alguma coisa?
Provavelmente, se nossos gestores tomassem estas precauções, muitas obras seriam consideradas desnecessárias, suspeitas, imorais – segundo meus critérios - etc. Mais isto é apenas a opinião de um contribuinte radical, da oposição, do contra, xiita, cri-cri, daquele magrelo (é assim que se referem a mim), etc. E têm razão! Eu sou tudo isso e muito mais! Com indignação permanente e visceral, “pero, sin perder la ternura.”

Iremar de Paula – Ex-pregador de botões em calções.

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