A Câmara Municipal de Vereadores de Angra dos Reis possui uma gordura orçamentária de, pelo menos, R$ 15 milhões. Vamos às provas: em 2011, o orçamento da Casa do Povo foi de R$ 24 milhões. Naquele ano, propagou-se aos quatro cantos do município que os nobres edis conseguiram economizar R$ 4,3 milhões para a compra do terreno da futura sede do Poder Legislativo. Economia realizada sem que as mordomias fossem afetadas, tampouco a “produtividade” da Casa sofresse alteração.
Ou seja, a Câmara de Vereadores funcionou com um orçamento de R$ 19,7 milhões.
Mais: cada vereador dispõe de R$ 43,8 mil de verba de gabinete para a contratação de até trinta e cinco “assessores”. O que representa gastos de mais de R$ 6.000.000,00 por ano. (Com o aumento do número de vereadores, os valores ultrapassam os R$ 7 milhões).
Para 2013, estima-se um orçamento de R$ 33.6 milhões. Ora, se funciona com R$ 19,7 milhões, mantendo o número absurdo de trinta e cinco “assessores” por vereador, podemos afirmar, categoricamente, que a Câmara tem uma gordura orçamentaria de mais de R$ 15 milhões.
Segundo o IBGE, o custo médio do metro quadrado de construção civil no estado do Rio de Janeiro é de R$ 969,09.
Se houvesse interesse dos vereadores em diminuir o déficit habitacional do município, a população poderia receber 150 unidades habitacionais, com cerca de 100 m² por ano.
Isto seria uma atitude muito nobre, mas a nobreza dos nossos parlamentares não chega a tanto. Preferem explorar a miséria.
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