segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Marx, Henfil e papa-coquetéis.

   O filósofo e revolucionário alemão Karl Marx (1818–1883) dizia que “o reino da liberdade começa, de fato, quando cessa a luta pela satisfação das necessidades primeiras”. Estas necessidades são: moradia, vestuário e alimentação.
   Numa das tiras do jornalista, cartunista e escritor - revolucionário também - Henfil (1944 - 1988), Graúna, personagem que habitava o sertão nordestino, tenta reanimar um cacto abatido pela seca. “Ânimo, rapaz! Pensa na Xuxa... peladinha!!!”, dizia ela. Uma voz, então, citando Santo Agostinho, concluía: “É preciso um mínimo de material para a prática das virtudes do espírito”.
   Trocando em miúdos: “saco vazio não fica em pé”.
   Os itens que compõem a cesta básica das necessidades primeiras constituem, Grosso modo, a base econômica da sociedade.
Entretanto, a chave de acesso ao reino da liberdade constitui a base política da sociedade: a Educação. Sem ela não adianta o saco está de pé. Ao contrário do que se apregoa, a Educação não é “A” base da sociedade; ela é um dos pilares, a base política.
   A banda podre da política sabe muito bem disso. Não lhes interessa promover o acesso à base econômica, tampouco à política. População miserável e, sobretudo, ignorante são os alicerces de sua permanência no poder.
   Quer exemplo? Acompanhe a trajetória de grande parte dos nossos ‘para lamentares'.  Clientelismo, assistencialismo, omissão, conivência... orçamento de R$ 33,6 milhões... trinta e cinco assessores... coquetéis... diárias... viagens... mordomia... privilégios, regalias... improbidade, enfim.

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