quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Crítico freelance IV (ou V)

   Como crítico freelance, em início de carreira e renomado também, quero agradecer o apoio das pessoas que se manifestaram pela minha entrada no pavilhão da FITA (Festa Internacional de Teatro em Angra dos Reis). Foi emocionante ouvir os gritinhos histéricos e as palavras de ordem ecoando no foyer: “Queremos o Erectus lá dentro!!!”, “Liberem a entrada do Erectus!!!”, “Deixem o Erectus entrar!!!”, “Erectus! “Erectus!”, e por aí vai... Ejaculei em lágrimas. Felizmente, um Cargo Comissionado, um desses figurões 0800, que vão ao teatro apenas para entregar flores às atrizes e/ou para fingirem que são cultos, como é o meu caso, me deu um ingresso dos que recebeu para a família que preferiu ficar em casa vendo novela.    A peça foi excelente! Dormi do começo ao fim, apoiado no ombro da dona Auta, da Padaria do Commércio. Foram inúteis suas cutucadas, tentando evitar que eu babasse no seu blazer novo. Nem as cruzadas de pernas da Sueli Franco foram capazes de me deixar de pé. Só despertei quando os espectadores movimentavam as mãos umas contra as outras fazendo um barulho ensurdecedor. 
Erectus Phallus

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